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A presidente da Associação dos Enfermeiros dos Postos de Saúde de Campina Grande, Liziane Macedo, afirmou, durante entrevista à Rádio Panorâmica FM, que foi possível notar que não houve um protocolo em relação à atenção primária de Campina Grande, no início da pandemia, e os postos de saúde não foram destinados a atender inicialmente os pacientes com sintomas da Covid-19.

Ela avaliou que a orientação que os enfermeiros tiveram a respeito dos sintomáticos respiratórios foi a mesma que a população recebeu: que deve se dirigir à UPA Alto Branco.

Liziane considerou que lidar com a Covid-19 trouxe um estresse muito significativo para os enfermeiros. Ela comentou que há muitas reclamações em relação aos equipamentos de proteção individual que estão em falta, como as máscaras cirúrgicas dentro dos padrões de regulamentação, as máscaras N95 e os capotes impermeáveis.

A enfermeira destacou que as medidas tomadas para garantir que os enfermeiros não voltem para casa para não ter contato com a família foram muito pontuais e só são realizadas efetivamente quando há algum relato em um meio de comunicação.

Liziane lamentou que as condições de trabalho para os enfermeiros permaneçam precárias em meio à pandemia e fez um apelo para que os gestores municipais, estaduais e federais atuem no sentido de garantir boas condições de trabalho para esses profissionais.

– Os profissionais de enfermagem estão se sentindo à deriva. As condições de trabalho precárias sempre existiram, mas a pandemia evidencia isso de forma gritante. Hoje a enfermagem trabalha com medo redobrado, porque os EPIs, muitas vezes, não têm em quantidade suficiente – apontou.

Fonte: Paraíba Online

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