Um jovem de 26 anos, internado em um hospital particular de João Pessoa com suspeita de varíola dos macacos, relatou os sintomas que tem enfrentado. Em entrevista à TV Cabo Branco, ele afirmou que ainda aguarda o resultado dos exames. A Paraíba tem mais de 50 casos suspeitos de varíola dos macacos em investigação.
Segundo o jovem, que preferiu não ser identificado, os primeiros sintomas pareciam indicar uma gripe ou crise alérgica. Dias depois, apareceram as primeiras manchas no pés, mas ele buscou atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) por conta dos sintomas gripais.
“Começou como se fosse uma gripe, uma crise de sinusite, algo parecido. Apareceu umas manchas nos pés, mas fui na UPA e nem mostrei os pés aos médicos. Fui mais pela indisposição”, relatou.
Mesmo após iniciar um tratamento para sinusite, com uso de antibiótico, as manchas evoluíram para outras partes do corpo e a indisposição aumentou. Foi quando ele decidiu voltar buscar ajuda médica novamente.
Os profissionais de saúde viram as lesões na pele dele e notificaram a Secretaria de Estado da Saúde (SES), que fez a coleta de material para realizar exames.
O jovem foi medicado e voltou para casa, mas dois dias depois, apresentou piora e decidiu ir novamente para o hospital. Ele não conseguia andar, pois o pé estava com muitas lesões e passou a reter líquido.
“Criou um edema, as manchas pioraram muito. Piorou de novo e eu vim pro hospital, foi quando disseram que meu pé estava infeccionado. Desde então estou no hospital, há dez dias, sendo medicado”, contou.
Além do jovem internado em João Pessoa, mais de 50 pessoas seguem aguardando resultado do exame que detecta a varíola dos macacos, em várias cidades paraibanas. Apenas um caso foi confirmado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) até esta terça-feira (23).
Segundo o médico infectologista Fernando Chagas, diretor do Hospital Clementino Fraga, as amostras dos exames de casos suspeitos de varíola dos macacos na Paraíba são encaminhadas para o Rio de Janeiro. A demora para o resultado se dá pela baixa quantidade de laboratórios aptos a fazerem esse tipo de análise.
Fonte: Vale do Piancó Notícias com G1
Imagem: Reprodução/TV Cabo Branco