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Ao menos seis pessoas morreram durante megaoperação policial na Bahia, na manhã desta sexta-feira (22). Outros 15 homens e mulheres tiveram os mandados de prisão cumpridos através da operação Saigon. A ação foi conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e tinha como objetivo cumprir mandados de prisão e 43 mandados de busca e apreensão contra um grupo acusado de envolvimento com tráfico e mais de 30 homicídios.

Segundo a Polícia Civil, além de Águas Claras, em Salvador, os mandados foram cumpridos no sistema prisional e em Feira de Santana. Armas, drogas e dinheiro também foram apreendidos durante as ações.

Em nota a Polícia Civil informou que durante os confrontos, “seis pessoas resistiram, chegaram a serem socorridas e atendidas no hospital, mas não sobreviveram”. Cinco prisões aconteceram na região de Águas Claras e uma em Feira de Santana. Dentre eles, uma das lideranças do tráfico de drogas em Águas Claras, Eduardo dos Santos Cerqueira, mais conhecido como ‘Firmino’. Ele é apontado por ser o mandante de diversos homicídios ocorridos na região.

Outro investigado que resistiu à prisão é Gilmar Santos de Lima, mais conhecido como ‘Capenga’. Segundo a Polícia Civil ele “acumula uma extensa ficha criminal, com entradas por tráfico de drogas e homicídio” – Capenga era o gerente do tráfico nas Casinhas, em Águas Claras – Durante a Operação Saigon, a mãe e a esposa dele foram presas. A mãe foi encontrada com drogas e a quantia de R$ 8 mil, e a esposa com uma arma.

A Polícia Civil ainda informou que todos os “custodiados foram encaminhados para a sede do DHPP onde ficarão à disposição do Poder Judiciário” e que “todo material apreendido será encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT)”, diz em nota.

Participaram da operação Saigon, a Superintendência Inteligência da SSP, diversos departamentos de inteligência da Polícia Civil, unidades da Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

Desde junho os confrontos violentos entre facções criminosas e a polícia têm se intensificado em regiões de Salvador e municípios do interior. Nas últimas operações realizadas, tiroteios e mortes foram provocadas, aumentando ainda mais os índices de violência no estado.

Na avaliação do especialista em segurança pública Júlio Hott é necessário integrar as forças de segurança nas comunidades e periferias do estado. Para ele, a atuação da polícia próxima da população  diminuiria a violência.

“A segurança pública nacional em todo o Brasil é muito compartimentada. O ideal era que a gente tivesse, no mínimo, uma integração e uma aproximação da polícia com a comunidade. Quanto maior a sensação de insegurança, maior serão os índices de violência, principalmente na periferia, em que a gente sabe que o estado através da polícia, é ausente. O ideal era que a polícia estivesse presente mesmo na periferia, mesmo nos lugares onde é dominada pelo crime organizado, por milícias que exploram ali oferecendo segurança a título de extorsão e acaba na verdade fomentando e incentivando o crime”, diz.

Aulas e serviços de transporte suspensos

Cerca de 2 mil alunos tiveram as aulas suspensas, segundo informado pela Secretaria Municipal de Educação (Smed). As escolas Eduardo Campos, Cantinho das Crianças, São Damião, Iraci Fraga e Francisco Leite, em Águas Claras, seguem com as atividades suspensas nesta sexta-feira (22).

Já a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), informou que os trajetos de algumas linhas foram alterados nas regiões de Águas Claras e Cajazeiras VII. De acordo com a Secretaria, os ônibus não estão chegando ao fim das linhas nas localidades. Segundo os rodoviários, a normalização do transporte será realizada após o retorno da polícia.

Fonte: Brasil 61

Operação Saigon – Foto: Ascom-PC/Haeckel Dias

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