Luciano Holanda, diretor clínico do Hospital Antônio Targino, localizado em Campina Grande, explicou que a unidade está com os leitos de UTI direcionados à Covid-19 praticamente todos em utilização.
Em entrevista concedida a uma emissora de rádio local, Luciano definiu como “muito difícil” conseguir um leito até para aqueles pacientes que possuem plano de saúde.
“Aqui não fazemos separação, quem chega na porta do hospital, se houver necessidade de internação, ele vai, independente de convênio, se privado ou SUS, damos assistência a todos, mas está acima de nossa demanda”, completou.
O gestor destacou que o Targino tem, no geral, aproximadamente 150 leitos que eram utilizados antes da pandemia. No entanto, esse número refere-se aos individuais e compartilhados.
“Tivemos uma baixa na quantidade de leitos, uma vez que os pacientes com Covid-19 tem que ficar em apartamentos individuais”.
Luciano destacou que o hospital atende ainda pessoas com outras patologias em uma ala separada. “Vaga de UTI é praticamente zero”.
Ele enfatizou que hospitais públicos e filantrópicos recebem ajuda, diferente dos privados que não são observados por nenhuma das esferas do poder, sendo esse também um fator complicador, tendo em vista o aumento de preço dos insumos, como luvas e máscaras descartáveis.
”É ter fé, cuidar no isolamento, ter respeito ao próximo, a maioria dos internados hoje e das pessoas que estão tendo covid, são pacientes jovens, aqueles que vivem em festas e trazem a doença, às vezes, para dentro de casa onde os idosos estão isolados”, finalizou.
Fonte: Paraíba Debate