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Com as atividades paralisadas desde a segunda-feira, 22, os servidores da saúde de Campina Grande ocuparam a Praça da Bandeira na manhã desta terça, 23, para mais uma vez denunciar o descumprimento dos direitos essenciais da categoria. A mobilização, coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), também denunciou o descaso da prefeitura e da Secretaria de Saúde, que não demonstram interesse em solucionar nenhum dos problemas que afetam os efetivos.

A manutenção das paralisações semanais tinha sido aprovada durante assembleia realizada na manhã da última quinta-feira, 18, no Clube do Sintab, a primeira totalmente presencial desde o início da pandemia, mas ainda assim, respeitando todas as regras de biossegurança.

Presidente Giovanni Freire

Na abertura do ato desta terça, o presidente do sindicato, Giovanni Freire, chamou atenção da população para o desrespeito do governo de Campina com o servidores.

“A resistência destes trabalhadores é de lutar pela melhoria de condições de trabalho, para o povo de Campina Grande que busca o serviço de saúde. É com essa bandeira que estamos aqui na praça, para cobrar que haja investimento e que seja dada dignidade para estes trabalhadores! Falta o essencial, até máscara tem faltado nos serviços de Campina Grande e nós vamos continuar denunciando a falta de gestão, porque são estes servidores que vacinaram as pessoas e se doaram na linha de frente e muitos perderam suas vidas durante essa pandemia, mas não há nenhum reconhecimento”, destacou.

Diretor Franklyn Ikaz

O diretor de Política e Formação Sindical, Franklyn Ikaz, frisou a falta de interesse da gestão em garantir os direitos da categoria.

“Diante de toda a situação que estamos denunciando há meses, o que nós podemos concluir é que em Campina Grande nós temos uma política de morte, porque quem tem o recurso para salvar vidas, não salva, a prioridade não é a vida. Os recursos tem que ser para os servidores, para as unidades de saúde, para os hospitais, o que falta é interesse em atender quem mais precisa”, concluiu.

E como tem acontecido nas mobilizações dos servidores da saúde da cidade, há sempre denúncias também de quem depende do atendimento público na cidade:

“Estou com vários exames que são pra ser encaminhados com urgência para um paciente de câncer de pele e não são, e nem explicam o porquê. Então eu gostaria de pedir ao secretário de saúde dessa cidade que ele tivesse competência pra resolver o que precisa ser resolvido”, apontou uma usuária que pediu a palavra, mas terá seu nome preservado nesta matéria.

As paralisações semanais dos servidores da saúde seguem na próxima semana, mas ainda sem data definida. Os dias serão divulgados tão logo sejam definidos. Relembrando que entre as pautas que seguem sendo descumpridas estão o PCCR da Saúde e dos agentes de combate às endemias (ACE) e agentes comunitários de saúde (ACS); reajuste da data-base; Lei Previne Brasil e melhorias das condições de trabalho.

Fonte: Ascom

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