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A Polícia Federal (PF) afirmou nesta sexta-feira (11) que vai chamar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) para depor.

Um diálogo de Mauro Cid, divulgado hoje pela PF, mostrava o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (PL) falando de uma joia que já teria ido “com a dona Michelle”. Então, Michelle Bolsonaro também vai ser chamada a falar pela PF.
Em algumas das mensagens obtidas na investigação, os assessores do ex-presidente dão a entender que Bolsonaro chegou a conversar sobre o valor de mercado das peças – e que um dos itens já tinha “sumido com a Dona Michelle”, em referência à então primeira-dama.
A PF encontrou em um site de leilões on-line um dos kits de joias recebidos por Bolsonaro do governo da Arábia Saudita.
Nesta sexta, a PF realizou operações contra suspeitos de vender ilegalmente joias e presentes recebidos por Jair Bolsonaro no exercício da Presidência. O valor de transações pode ter superado R$ 1 milhão. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Brasília (DF), São Paulo (SP) e Niterói (RJ).

Segundo a A TV Globo e a GloboNews, são alvos da operação: tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro; Mauro Lorena Cid, também militar e pai de Mauro Cid; Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Frederick Wassef, advogado que já defendeu Bolsonaro e familiares.
Na investigação, a PF verificou que o número de série do relógio anunciado na página era o mesmo registrado no acervo privado do presidente da República.
“Os dados analisados demonstram que o conjunto de itens masculinos da marca Chopard contendo uma caneta, um anel, um par de abotoaduras, um rosário árabe (“masbaha”) e um relógio recebido pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, após viagem a Arábia Saudita, em outubro de 2021, após ser desviado, de forma ilegal, do acervo privado do ex-Presidente da República JAIR BOLSONARO”, diz a PF no relatório que embasou a operação desta sexta-feira”.

A investigação aponta que dois relógios presenteados ao governo brasileiro de Bolsonaro pelo governo árabe e vendido nos Estados Unidos (EUA) foram transportados em avião oficial.
Segundo o relatório da PF que norteou a operação desta sexta, o transporte teria ocorrido em junho de 2022, quando Bolsonaro viajou aos EUA para participar da Cúpula das Américas.
A polícia disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) ver indícios de que um relógio de aproximadamente US$ 51 mil vendido por Mauro Cid nos EUA foi dado de presente a Bolsonaro em viagem oficial, mas não foi registrado oficialmente no acervo do governo federal.
A PF aponta que Mauro Cid foi na comitiva mas voltou sozinho, em data posterior.
Segundo a PF, neste meio tempo, ele viajou para a Pensilvânia, onde teria vendido dois relógios de luxo por US$ 68 mil, o equivalente a aproximadamente R$ 350 mil em valores da época.
O dinheiro teria sido depositado pela loja na conta de seu pai, o general Mauro Lorena Cid.
“A análise de dados armazenados na nuvem de Mauro Cid revelou uma fotografia que registra um Payment Detail Report (comprovante de depósito), realizado por meio da instituição financeira Capital One, no valor total de US$ 68.000,00, realizado na data de 13 de junho de 2022, mesmo dia em que MAURO CID se deslocou para a sede da empresa Precision Watches.”
Fonte: G1

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