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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou nesta quinta-feira (7) a assinatura de um contrato com o Instituto Butantan para o fornecimento de 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 — 46 milhões até abril e outras 54 milhões de doses até o fim do ano.

Segundo o ministro, toda a produção do Butantan será incorporada ao Plano Nacional de Imunização, para distribuição em todo o país. De acordo com Pazuello, o valor da dose é de pouco mais de US$ 10.‘Nós só poderíamos comprar a vacina do Butantan com a MP’, explica Pazuello

Pazuello deu a declaração durante entrevista coletiva convocada pelo governo para explicar a medida provisória anunciada na véspera pelo próprio ministro que prevê “medidas excepcionais” para compra de vacinas, insumos, bens e serviços de logística para a vacinação.

Em nota, o Instituto Butantan informou que recebeu a minuta de contrato com o ministério e enviou para análise do departamento jurídico do órgão “visando à sua rápida formalização”.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse que o contrato fechado entre a pasta e o Butantan foi para a compra de 46 milhões de doses da vacina e a opção de compra de outras 54 milhões de doses. De acordo com Franco, a compra do total das 100 milhões de doses ainda não será oficializada porque o Ministério da Saúde não tem orçamento suficiente para a aquisição neste momento.

O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), afirmou que o Butantan enviará nesta sexta-feira (8) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de uso emergencial da CoronaVac. Segundo a Anvisa, o prazo para a análise do pedido de uso emergencial é de dez dias. A avaliação do pedido de registro definitivo é feita em até 60 dias.

Em outubro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo federal não iria comprar a CoronaVac e que tinha mandado cancelar um protocolo de intenções firmado entre o ministério e o Butantan. “O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade. Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós”, declarou na ocasião.

Um dia depois, Bolsonaro visitou Pazuello, e o ministro afirmou durante transmissão ao vivo em uma rede social do presidente: “Senhores, é simples assim: um manda e o outro obedece. Mas a gente tem um carinho, entendeu?”.

Fonte: Codecom

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