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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi as redes sociais neste sábado (22) para se desculpar por uma declaração feita na última semana.
Durante uma reunião em Brasília com ministros e governadores, para tratar de ações para prevenir a violência nas escolas, Lula disse que pessoas que possuem problemas mentais têm “desequilíbrio de parafuso”.
“A OMS sempre afirmou que na humanidade deve haver 15% de pessoas com algum problema de deficiência mental. Se esse número é verdadeiro, e você pega o Brasil com 220 milhões de habitantes, significa que temos quase 30 milhões de pessoas com problema de desequilíbrio de parafuso. Pode uma hora acontecer uma desgraça”, disse.
Pelo Twitter, o presidente se desculpou, e afirmou que “não devemos relacionar qualquer tipo de violência a pessoas com deficiência ou pessoas que tenham questões de saúde mental”.

“Gostaria de pedir desculpas sobre uma fala que fiz na semana passada. Conversei e ouvi muitas pessoas nos últimos dias e não tenho vergonha de assumir que sigo aprendendo e buscando evoluir. Quero me retratar com toda a comunidade de pessoas com deficiência intelectual, com pessoas com questões relacionadas à saúde mental e com todos que foram atingidos de alguma maneira por minha fala”, disse.

“Não devemos relacionar qualquer tipo de violência a pessoas com deficiência ou pessoas que tenham questões de saúde mental. Não vamos mais reproduzir esse estereótipo. Como presidente de um país com uma grande parcela da população de PCDs, estou disposto a aprender e fazer o possível para que todos se sintam incluídos e respeitados. É assim que avançamos enquanto pessoas, país e sociedade”, completou.
Cenário Mundial
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), através do Relatório Mundial sobre a Saúde Mental, cerca de um bilhão de pessoas do planeta sofrem com algum tipo de transtorno mental. 14% desse número são adolescentes.
A OMS afirmou que pessoas que convivem com doenças mentais possuem expectativa de vida entre 10 e 20 anos a menos do que a população geral.
Já durante o primeiro ano da pandemia de Covid-19, o número de pessoas que sofrem de depressão e ansiedade aumento 25% mundialmente.
Foto: Ricardo Stuckert/PR.
Portal Picuí Hoje com Gabriel Ferneda/CNN Brasil.

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