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O jogador brasileiro Daniel Alves, acusado de ter estuprado uma mulher  na boate Sutton, em Barcelona, na Espanha, na madrugada do dia 31 de dezembro de 2.022, prestou depoimento no terceiro dia do julgamento do caso.

Ao responder as perguntas da sua própria advogada de defesa, ele chorou e afirmou que bebeu excessivamente naquela noite. De acordo com o relato do jornal “Marca”, ele chorou a ponto de ter dificuldade para completar as frases.

Daniel Alves afirmou que não é um homem violento e que não forçou a denunciante a acompanhá-lo ao banheiro.

Além disso, disse que mentiu na primeira versão, quando afirmou que não teve contato nenhum com a mulher do caso, porque não queria que a sua esposa soubesse.

O brasileiro disse que só soube pela imprensa que era acusado de estupro e que está praticamente arruinado porque suas contas bancárias foram bloqueadas e ele perdeu contratos no Brasil.

Relato sobre a noite

O brasileiro afirmou que chegou às 2h30 da madrugada na discoteca e que haviam mudado o camarote que ele deveria ocupar. Por razões de segurança, havia um banheiro em uma área reservada da boate.

Ele afirmou que dançou um tempo com duas mulheres, que depois convidaram outras três –entre elas, a denunciante.

Depoimentos finais e sentença

Depois da fala de Daniel Alves, o Ministério Público e a advogada de defesa expuseram seus argumentos pela última vez.

Depois de escutar todas as partes, o caso agora vai para a fase de sentença, o que deve demorar cerca de dez dias.

O Ministério Público pede 9 anos de prisão, e a denunciante já falou em 12 anos.

Promotora faz alegações finais

A promotora do caso afirmou que a suposta vítima disse que foi voluntariamente ao banheiro, mas que não sabia o que havia no local.

Ela também afirmou que o relato da denunciante é totalmente verossímil e que há indícios que corroboram com a descrição que ela fez dos eventos daquela noite. Além disso, a suposta vítima não mudou nada em sua história desde o primeiro momento.

Relato final da defesa

A advogada de defesa, Inés Guardiola, afirmou que o depoimento da denunciante é evasivo, parcial, não se ajusta à realidade e incoerente.

Guardiola disse que a prima da mulher, que estava na boate, reconheceu o futebolista e quis tirar fotos com ele. A advogada afirmou que os dois dançaram juntos e próximos e que, em duas ocasiões, a denunciante foi até Daniel Alves para recomeçar a “paquera corporal”.

Para a advogada de defesa, a sexualização do comportamento entre a denunciante e o denunciado é clara, porque ´durante a dança ela esfregou suas nádegas nas partes íntimas do réu.

Para Guardiola, os dois estavam dançando juntos e fazendo movimentos que indicavam que havia interesse e atração.

A defesa também disse que Daniel Alves estava bêbado –ele teria tomado seis drinks e suas capacidades cognitivas foram comprometidas a ponto de ele ser impedido de dirigir. 

Fonte: g-1/Mundo

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