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CARACAS – O líder opositor e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou nesta terça-feira, 30, que conta com o apoio de um grupo de militares para restaurar a democracia e “acabar com a usurpação de poder” – como os opositores se referem ao governo de Nicolás Maduro -, em um vídeo gravado de uma base aérea de Caracas e publicado nas redes sociais.

Juan Guaidó afirma ter apoio de boa parte de militares para derrubar o governo de Nicolás Maduro
Juan Guaidó afirma ter apoio de boa parte de militares para derrubar o governo de Nicolás Maduro

Foto: Carlos Garcia Rawlins / Reuters

O governo Maduro chamou a iniciativa de Guaidó de uma “tentativa de golpe de Estado”. “Neste momento estamos enfrentando e desativando um grupo reduzido de militares traidores que se posicionaram na distribuidora Altamira para promover um golpe de Estado”, escreveu no Twitter o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, que se referiu ao caso como uma “tentativa” e acusou a “direita golpista”.

“Neste momento precisamos ter calma e coragem (…) para restaurar a calma na Venezuela”, afirmou Guaidó.

Além disso, o político opositor Leopoldo López, que aparece ao lado de Guaidó nas imagens publicadas nas redes sociais, afirmou que foi libertado por militares e também pediu que os venezuelanos tomem as ruas pacificamente contra o governo socialista.

Por telefone, o pai de López afirmou à Associated Press que espera uma resposta militar e popular depois do chamado feito pelos opositores.

Ver imagem no Twitter“Veremos um chamado para acabar com a usurpação (da presidência) e, bem, eu espero que o governo usurpador acabe hoje”, disse.

Leopoldo López, condenado a 14 anos de prisão pelos protestos anti-governamentais de 2014, estava em prisão domiciliar. Nas redes sociais, ele afirmou que foi libertado pelos militares que apoiam Guaidó. / AP e AFP

Fonte: Estadão Conteudo

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