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Após uma reunião de emergência no Palácio do Planalto, no final da tarde desta quarta-feira, 27, o governo discute detalhes de um habeas corpus preventivo ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, que foi convocado pelo Supremo Tribunal Federal a prestar depoimento na Polícia Federal após críticas aos integrantes da Côrte.

À noite, o texto foi debatido pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, André Luiz Mendonça, no Palácio da Alvorada. O ministro da Advocacia-Geral da União, Levi Mello, se juntou a eles.

Ao chegar à residência oficial, Bolsonaro, sem citar o STF, disse aos apoiadores que trabalharia até meia-noite junto com Mendonça. “Tô trazendo trabalho pra casa, tô com o ministro da Justiça para trabalhar até a meia-noite para resolver alguns problemas, tá ok?”, afirmou ele, apontando para o ministro.

De acordo com auxiliares do presidente, a divulgação de uma nota conjunta rechaçando a atuação do STF continua sendo discutida no governo. Também não está descartada uma renomeação de Alexandre Ramagem, atual chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para a chefia da Polícia Federal. Próximo da família Bolsonaro, Ramagem foi impedido de assumir o cargo por uma liminar do ministro Alexandre de Moraes, que viu ali “desvio de finalidade”.

Na tarde de ontem, todos os ministros que estavam em Brasília foram convocados de última hora para discutir uma reação às medidas do STF após a operação da Polícia Federal, que teve como alvos blogueiros e empresários apoiadores do presidente. Ministros e assessores criticaram a operação ao longo do dia.

O encontro debateu a recusa de Weintraub de comparecer ao depoimento determinado por Alexandre de Moraes para esclarecer ataques que fez a ministros da Corte. A proposta foi levada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e discutida pelos ministros da área jurídica.

Na reunião desta quarta no Palácio do Planalto, segundo apurou o Estadão, Bolsonaro listou decisões do Supremo que, em sua visão, representam excessos da Côrte. Na lista consta também a divulgação do vídeo da reunião do dia 22 de abril, determinada pelo ministro Celso de Mello no inquérito que apura interferência do presidente na Polícia Federal.

Fonte: Redação com Agência Estado

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