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Em entrevista coletiva na última quinta-feira (10), o presidente da Federação das Indústrias da Paraíba, Francisco Gadelha, afirmou que a indústria do estado vem se recuperando dos efeitos econômicos da pandemia da Covid-19 e que 2021 será um ano de crescimento.

Para Gadelha, a queda no preço do dólar – que nesta quinta fechou em R$ 5,03, o menor valor desde junho – e a alta na bolsa de valores indicam um cenário mais otimista para o desenvolvimento do país em 2021, o que, por sua vez, impacta diretamente na indústria.

“Cremos e estamos vendo que a indústria e os empresários nunca estiveram tão confiantes quanto agora. Estão bastante confiantes. Vamos crescer, sim. A Paraíba vai investir mais e crescer muito mais para atender a essa demanda reprimida durante todo o período da pandemia”, projetou.

Responsável por 32,1% do PIB Industrial da Paraíba, o setor da construção deve se manter como o grande motor na geração de empregos no ano que vem, segundo Gadelha. “A construção civil vai contribuir com uma grande parcela. As primeiras faltas [de matéria-prima, insumos] foram de cimento, tijolos, telhas, de componentes da habitação, devido à demanda muito grande”, destacou.

Além disso, ele ressaltou que os segmentos de alimentação, metal mecânico e vestuário também devem se sobressair em 2021.

Balanço

Apesar do primeiro semestre negativo, quando o número de demissões foi maior do que o de admissões no estado, principalmente por conta da pandemia da Covid-19, o saldo de empregos é positivo em 2020. Com a recuperação a partir de julho, a Paraíba tem um saldo de 1.437 novos postos de trabalho. Ao todo, 408.850 pessoas têm contrato formal de trabalho no estado.

Segundo Daniela Almeida, economista da Fiep, dois fatores explicam a recuperação da economia paraibana no segundo semestre. “Em julho, com a retomada da economia, até pela redução de casos e, também do auxílio emergencial, que injetou recursos na economia, começamos a ter um saldo positivo.”

De acordo com a Fiep, a indústria é responsável por 30% dos empregos formais do estado, com 114.819 trabalhadores. Mais uma vez, destaque para a construção civil, que emprega mais de 36 mil pessoas. Os segmentos de alimentação (17.177) e couro e calçados (16.225) vêm em seguida.

Gadelha fez um balanço do ano de 2020. Segundo ele, a atividade econômica caminhava normalmente até fevereiro, até desandar com a chegada do vírus. No entanto, ele ressalta que a Fiep trabalhou para minimizar o impacto da pandemia da Covid-19 sobre a indústria.

“Abril e maio foram meses dificílimos. [O vírus] era um inimigo invisível que ninguém sabia como tratar. Nós fizemos um protocolo para a indústria da Paraíba, que não chegou a paralisar. Apesar de todas as dificuldades, esta entidade se esforçou para não que nada parasse. Vamos continuar a produzir cada vez mais”, afirmou.

Fonte: Brasil 61

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