O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (12), com investidores em compasso de espera por dados de inflação nos Estados Unidos, previstos para amanhã, e na expectativa pela decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que deve ser divulgada na quarta-feira (14).
Ao final da sessão, a moeda norte-americana recuou 0,20%, cotada a R$ 4,8665, renovando o menor patamar em um ano. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (9), o dólar teve baixa de 0,98% e encerrou cotada a R$ 4,8761. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular quedas de:
4,07% no mês;
7,80% no ano.
No mercado acionário, o Ibovespa fechou em alta de 0,27%, aos 117.336 pontos, no maior fechamento desde novembro.
O que está mexendo com os mercados?
O mercado começou esta semana em modo de espera por dados de inflação nos Estados Unidos e pela decisão de juros do Fed, que deve ser divulgada nesta quarta-feira (14).
“Há um viés mais positivo para os preços dos ativos nesta manhã de segunda-feira, e a aposta majoritária de que o Fed irá fazer uma ‘pausa’ no seu ciclo de aumento de juros nesta semana é o principal motivo”, afirmou a Guide Investimentos em relatório.
Vale ponderar, no entanto, que apesar do sentimento mais otimista dos investidores sobre uma possível manutenção dos juros pelo BC norte-americano, as projeções ainda indicam que a autarquia deve subir a taxa básica de juros dos EUA mais uma vez em 0,25 ponto percentual.
“O que o mercado quer olhar de perto é o comunicado e o discurso de Powell [presidente do Fed], em que poderá ter alguma sinalização de quais serão os passos futuros do BC americano”, acrescentou a Guide.
Ainda no exterior, outro ponto que ficou no radar é a China, após dados negativos do país terem aumentado as expectativas de que o governo do gigante asiático poderá dar suporte à sua economia.
No cenário doméstico, os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação desse ano de 5,69% para 5,42% no relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (12).
A queda na projeção de inflação deste ano aconteceu após a divulgação do IPCA de maio, que somou 0,23%. Em 12 meses até maio, a inflação oficial somou 3,94%. Os números vieram bem abaixo das estimativas do mercado financeiro.
Mesmo com o recuo na projeção de inflação do mercado para 2023, ela ainda segue superando o teto da meta definida pelo governo, fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Ela será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Nesse sentido, investidores também seguem na expectativa pela próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC brasileiro, que deve acontecer na próxima semana.
Fonte: G1