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Aparentemente nervoso em campo, no início do jogo de ontem, na primeira perna das semifinais do Paraibano 2019, o Atlético de Cajazeiras ofereceu pelo menos duas oportunidades claras para o Campinense abrir o marcador.

Foram erros de saída de bola, antes dos dez minutos do primeiro tempo, forçados pela marcação alta do Rubro-Negro. Em uma das ocasiões o goleiro João Manoel conseguiu evitar os gols raposeiros.

Para o treinador Francisco Diá, estas e outras chances desperdiçadas por seus homens de frente foram determinantes para que a Raposa não saísse do Amigão com a vitória.

Além disso, o comandante deixou clara sua insatisfação com árbitro Wagner Reway, que distribuiu cartões para seus jogadores durante a peleja.

O atacante Chaveirinho, o zagueiro Jean e o lateral direito Neilson receberam o terceiro cartão amarelo, além do cartão vermelho direto que foi recebido por Dênis. Todos ficarão de fora do duelo da volta, domingo que vem, no Perpetão.

– O resultado foi injusto pelo volume de jogo que apresentamos no segundo tempo. As oportunidades de gols que nós perdemos dificultam em qualquer semifinal. No primeiro tempo tivemos duas oportunidades claras. No segundo tempo fizemos as mudanças, adiantamos a marcação, conseguimos o gol e uma chance clara com Lopeu. Acho que fomos prejudicados para caramba pela arbitragem. Todos os três jogadores pendurados levaram mais um. O Dênis fez uma falta normal, para cartão (amarelo), e ele deu vermelho. Fora o que inverteu de faltas. Acredito que lá vai ser muito difícil, mas vamos para a guerra. Sabendo das dificuldades que teremos para montar a equipe, mas o Campinense é grande, forte. Podemos chegar lá e trazer a classificação. A dificuldade maior é montar a equipe com o número de atacantes que não teremos nesse jogo – disse.

Um pouco mais resignado, Diá voltou a lamentar o erro de pontaria de seus atacantes, mas não quis jogar toda responsabilidade para os comandados, fazendo questão de elogiar a entrega durante os 90 minutos.

– Muitas vezes o maior criticado é o treinador, mas os jogadores foram voluntariosos. Neutralizamos as principais jogadas deles, fizemos uma marcação forte e adiantada, criamos situações. Mas não adianta lamentar, não adianta ter sido superior e não ganhar o jogo – afirmou.

Outro assunto tocado na coletiva após o jogo foi a questão financeira vivida pela Raposa. Com salários atrasados e contas bloqueadas por dívidas antigas, o clube tem seu futuro indefinido, ao menos até as eleições presidenciais, que foram antecipadas para o mês de maio.

– Sabemos das dificuldades que o Campinense teria para ter carta de seguro para culpar ninguém. As situações financeiras que o clube passa, com as cotas bloqueadas, tínhamos que fazer uma equipe que disputasse o campeonato e honrasse as cores do Campinense, e cumpríssemos com os compromissos. Os jogadores estão aí, ainda brigando pelo título, então vamos aguardar o final da competição para ver a avaliação que podemos fazer – finalizou.

Fonte / Foto: Paraibaonline

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