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O ex-deputado federal Daniel Silveira (sem partido), que está preso desde a última quinta-feria por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), foi transferido na manhã desta quarta-feira para o presídio Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó. Na mesma unidade, que recebe em sua maioria ex-militares e agentes de segurança expulsos de suas corporações, também estão ex-vereador Gabriel Monteiro e o presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson, mesmo partido que abrigava Silveira. A legenda anunciou nesta quarta-feira a desfiliação do ex-parlamentar após sua prisão.

Desde que foi preso, Silveira aguardava a definição do seu destino de transferência no ao presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio. A defesa do ex-deputado, que era Policial Militar e deixou a corporação para concorrer ao Congresso, pleiteava sua transferência para o Batalhão Especial Prisional (Bep), em Niterói, unidade destonada à policiais militares onde ficou durante as duas vezes que foi preso durante seu mandato. A alegação era de que, como o ex-parlamentar não tinha uma decisão transitada em julgado que o expulsasse da PM, ele continuaria contando os benefícios da corporação.

Daniel Silveira passa agora a dividir os corredores da unidade com dois ex-políticos: o ex-vereador Daniel Silveira e o ex-depurado federal Roberto Jefferson, que também é presidente de honra do PTB. O partido que era o mesmo de Daniel Silveira, como informou o colunista Lauro Jardim, optou por desfiliar o ex-parlamentar após sua prisão.

O ex-parlamentar foi preso por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes sob o argumento do descumprimento de cautelares. Em fevereiro de 2021, o deputado foi preso uma primeira vez em flagrante por ordem do STF depois de gravar um vídeo com ofensas a ministros da Corte e em defesa do Ato Institucional nº 5 (AI-5). Ele foi solto em novembro, mas permaneceu a maior parte do tempo em prisão domiciliar.

Em junho de 2021, Silveira foi novamente detido e tentou fugir quando percebeu que os policiais chegavam à sua casa em Petrópolis para prendê-lo. O motivo era o não pagamento da fiança de R$ 100 mil fixada pelo ministro após violações do monitoramento eletrônico usado pelo congressista, que integra a base aliada do presidente Jair Bolsonaro.

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