Agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), da Guarda Nacional Bolivariana e da Polícia Nacional Bolivariana, corporações a serviço do governo de Nicolás Maduro, bloquearam o acesso e entraram no prédio da Assembleia Nacional Venezuelana, de maioria opositora. Os chavistas alegavam que poderia haver uma bomba no local.
A ação iniciada na manhã desta terça-feira (14) foi noticiada pelo jornal oposicionista “El Nacional” e pela agência EFE. Fotos e vídeos foram publicados na conta oficial da Assembleia no Twitter.
Funcionários e deputados foram impedidos de entrar para verificar o que estava ocorrendo no interior do Palácio Legislativo. Casos semelhantes já ocorreram anteriormente, como em 5 de janeiro, quando, depois de uma longa revista, não foram encontrados explosivos.
Asamblea Nacional
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#URGENTE: 8:30am funcionarios del SEBIN siguen impidiendo el ingreso al Palacio Federal Legislativo al personal de seguridad para verificar la situación. #AsambleaVe
Agentes mascarados da agência de inteligência da polícia venezuelana montam guarda na entrada da Assembleia Nacional da Venezuela nesta terça-feira (14) — Foto: Fernando Llano/ AP
Sessão ocorrerá em outro lugar
O deputado Luis Stefanelli disse ao “El Nacional” que a sessão desta terça-feira ocorrerá em uma “sede alternativa”. Ele não entanto, não disse o novo local.
“Assim seja, debaixo de uma ponte ou em uma praça, haverá sessão hoje da Assembleia Nacional”, afirmou o parlamentar.
Discussão sobre perseguição política
Para esta terça-feira, estava previsto que o órgão Legislativo discutisse a “perseguição” contra deputados de oposição. Seria a primeira sessão a ser convocada desde que o Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) acusou 10 deputados de vários crimes relacionados ao levante militar fracassadode 30 de abril, liderado pelo autoproclamado presidente interino Juan Guaidó.
Desde então, a imunidade parlamentar de sete dos acusados foi suspensa, e a Justiça determinou a prisão de um deles, o primeiro vice-presidente do Legislativo, Edgar Zambrano.
No debate desta terça, dois dos deputados acusados do fracassado levante militar, Henry Ramos Allup e Simón Calzadilla, deveriam se apresentar, apesar da possibilidade de serem presos.
Além disso, a Assembleia Nacional Constituinte (ANC), órgão convocado por Maduro para legislar com maioria pró-governo, também teria sessão nesta terça.
Soldados do governo de Maduro perto da Aseembleia Nacional, em foto divulgada pelo órgão de maioria opositora — Foto: Reprodução/Twitter/Assembleia Nacional da Venezuela
Fonte: G1