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“Os sonhos dela começaram por essa casa aqui, que ela deu para a mãe. Ela tinha o sonho de fazer um quarto ali atrás, mas não foi da permissão de Deus. Pelo menos o sonho da casa própria ela deu à mãe dela”.

“Quando ela começou a trabalhar, a gente vendeu uma casinha e ela completou o dinheiro para comprar essa casa e deu de presente”, completou.

O relato é de “seu” Sandro, pai da advogada Brenda dos Santos Oliveira, de 26 anos, morta a tiros na terça-feira (30), ao lado de um cliente. O crime aconteceu na cidade de Santo Antônio, no Agreste do Rio Grande do Norte.

Muito abalado com a partida da filha, o homem conta que ao longo dos 26 anos da vida de Brenda, ele sempre trabalhou para dar o melhor. “Desde criança, ela sempre gostou de estudar. Fizemos de tudo para formar ela. Trabalhamos muito. Eu trabalho na agricultura e de pedreiro”, disse.

Sandro contou como recebeu a notícia. “Estava no serviço quando recebi a notícia. No momento, não falaram nada, mas eu já deduzi que era alguma coisa com a minha família. Minha filha só fez coisas boas. Por isso, eu creio que, nesse momento, ela está junto do Pai. A gente colhe aquilo que planta e ela plantou coisas boas”, falou.

O relato emocionado foi dado em entrevista à repórter Roberta Trindade, no programa Balanço Geral desta quarta-feira (31), poucas horas após o crime que abalou o município.

O pai lamentou o que aconteceu com Brenda, mas mostrou força para seguir com a vida e trabalhar para dar o melhor para a outra filha. “A vida daqui para frente é saber que temos mais uma filha e que podemos trabalhar para formar essa outra também. Ninguém nunca queira perder um filho. Os pais sempre querem que os filhos enterrem a gente”, declarou.

“Se fosse para levar uma das minhas filhas, pudesse me levar primeiro. Mas o agir de Deus é diferente do que a gente pensa. Deus está no controle de tudo. Espero que a Justiça dos homens seja feita”, completou.

Brenda dos Santos Oliveira estava em um carro com o cliente Janielson Nunes de Lima, de 25 anos, quando houve os disparos. Eles morreram na hora. Janielson era conhecido como Gordinho da Batata e era investigado pela Polícia Civil no caso do homicídio do vaqueiro João Victor Bento da Costa, de 19 anos, no último domingo (28).

Fonte: portal da Tropical-RN / Imagem: Reprodução redes sociais

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