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O Brasil tem 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva, sendo que 91% delas adquiriram a condição ao longo da vida e 9% nasceram com ela. Os números são de uma pesquisa em parceria entre o Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda, e mostram que os cuidados com a audição devem ser mais constantes na população.

É para conscientizar sobre o tema que a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o dia 3 de março como Dia Mundial da Audição. A OMS estima que a perda de audição pode afetar mais de 900 milhões no mundo até 2050. Quem convive com essas dificuldades sabe que é preciso estar atento à saúde para conscientizar e acabar com preconceitos.

A psicóloga Alessandra Araújo, por exemplo, descobriu na adolescência que tinha apenas 10% de audição do ouvido direito e uma perda leve do ouvido esquerdo. “Quando as pessoas falavam comigo, eu sempre tinha que pedir para repetir e virava a cabeça para poder escutar. Sofri muito preconceito, as pessoas riam da minha deficiência, não se colocavam no meu lugar, não havia empatia”, lamenta.

Sem saber a causa exata da perda da audição, Alessandra alerta para que todos, mas principalmente pais de crianças e adolescentes, monitorem a capacidade de ouvir. “Não foi negligência da minha mãe, o meu caso é atípico, mas, talvez, quando descoberto mais cedo, na fase da infância, pode ajudar a criança a ter o tratamento adequado para o caso”, diz.

Fonte: Brasil 61

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