Quase a totalidade dos estudantes matriculados no ensino superior privado querem continuar os estudos. No entanto, 42% afirma que há um risco de ter que desistir. O principal motivo para o possível abandono é não conseguir pagar as mensalidades, seja porque o emprego foi afetado pela pandemia do novo coronavírus, seja porque os pais ou responsáveis não conseguirão arcar com os custos.
As estimativas foram divulgadas na terceira etapa da pesquisa Coronavírus e Educação Superior: o que pensam os alunos e prospects da Abmes, Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior. A pesquisa foi feita em parceria com a empresa de pesquisas educacionais Educa Insights.
Ao todo, foram entrevistados 644 estudantes e 963 potenciais alunos entre os dias 28 e 31 de maio. Diretor-presidente da Abmes, Celso Niskier pontua alternativas que as instituições de ensino privado têm construído para lidar com as dificuldades financeiras dos estudantes neste momento.
Niskier afirma que os desafios são grandes.
Apesar das dificuldades, ele acredita ser possível passar por esse momento difícil, principalmente se as instituições de ensino puderem contar com a ajuda do governo federal.
Dentre os estudantes matriculados, 52% disseram querer continuar estudando não importa o cenário. Essa porcentagem caiu em relação à primeira etapa da pesquisa, realizada em março, quando era 57%.
Outros 42% dizem querer continuar estudando, mas reconhecem que há risco de desistirem. Esse percentual era 37% em março. Outros 4% disseram que provavelmente irão desistir do curso e 2%, que irão desistir por conta do cenário atual.
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, aprovou, no dia 26 de maio, um projeto de lei que determina que instituições privadas de ensino, do pré-escolar até a pós-graduação, reduzam o valor das mensalidades enquanto vigorar o decreto de calamidade pública por causa do novo coronavírus. Para unidades cuja mensalidade é de até R$ 350, não haverá desconto; já aquelas com mensalidade acima desse valor deverão aplicar um desconto de 30% sobre a quantia que ultrapassa a faixa de isenção.
Fonte: Rádio Agência Nacional