A primeira audiência da Operação Cartola aconteceu na tarde dessa quinta-feira, no Plenário do Fórum Criminal de João Pessoa. Lá, quatro testemunhas de acusação e um declarante deram início às sessões sobre a operação que investiga a manipulação de resultados no futebol da Paraíba. Outras duas audiências – uma com as testemunhas de defesa e outra com os réus – ainda vão acontecer nos próximos meses. De todos os depoimentos desse primeiro momento, o que mais chamou a atenção foi o do ex-assistente de arbitragem Gilvanez Araújo. Como declarante, ele afirmou que existe um áudio no qual o ex-presidente da Comissão de Arbitragem de Futebol da Paraíba (Ceaf-PB), José Renato Soares, afirma ter vendido ao Treze um confronto contra o Botafogo-PB, na final do Campeonato Paraibano de 2017.
Além de Gilvanez Araújo, que fez questão de prestar depoimento como declarante, outras quatro pessoas foram ouvidas, mas como testemunhas de acusação: Nosman Barreiro (ex-vice-presidente da Federação Paraibana de Futebol), além do ex-árbitro Roberto Lima e dos assistentes Dguerro Xavier e Oberto Santos. Todos eles responderam os seus depoimentos de modo muito parecido.
O promotor Reynaldo Serpa admitiu que existe uma possibilidade de que as investigações ao Treze sejam estendidas. Conforme o promotor, não havia provas suficientes para que fosse movida uma ação penal aos envolvidos que representavam o Galo da Borborema.
– No caso do Treze, não havia indícios suficientes para denunciar dirigentes do Treze. Porém, nada impede que o caso seja reaberto. Diante de novas provas, pode ser reaberto para que seja dada a continuidade à investigação – explicou.
Fonte: Globoesportes.com